domingo, 29 de agosto de 2010

Meus amigos virtuais qual a solução?

Ao longo do tempo venho acrescentando em minhas buscas por mais conhecimento muitos amigos virtuais, alguns foram extraídos de e-mails de outros amigos, de e-mail recebidos de entidades, de correntes virtuais, do orkut, e tantas outras redes sociais. Com eles tenho um relacionamento de troca de conhecimento. Muito respeito e amizade "virtual". Já recebi e-mails de agradecimento, de reclamação, de elogios. Cada um dentro dos seus direitos. E um, em especial, tem sempre tão pontualmente respondido e comungado comigo a mesma opinião. Desta forma, veio a ideia de escrever sobre ele e sobre sua opinião que acredito em cuja maioria dos contabilistas virá a concordar. Assim façamos o seguinte, nos ajude, dê sua colaboração, deixe seu comentário, envie para o CRC. Vamos criar uma fonte de ligação entre nós e os nossos desejos para termos nossos direitos e deveres bem delimitados mas sem o medo de errar, de perguntar, de questionar, de exercer nossa profissão de forma digna. Sem o medo da MULTA! Dá falta do conhecimento! Da falta de amizade! Da falta de ÉTICA! 


A baixo temos um depoimento de um amigo "virtual"  o Contador Jairo Teixeira. É claro que pedi sua autorização para poder compartilhar com todos o seu desabafo sobre um e-mail enviado a respeito de mais uma obrigação acessória que será o SPED PIS/COFINS, no futuro o SPED FOLHA DE PAGAMENTO e tantos outros SPEDs criados com a intenção de simplificar porém que até o momento é mais uma obrigação acessória entre tantas já existentes.

E vamos ao que o nosso colega escreveu:

Bom dia colega.
Comecei no ramo contábil em agosto de 1980. Nunca fomos tão "bombardiados" de informações "burrocráticas", obrigações acessórias egoístas e mesquinhas, multas que pagamos por atos que não são nossos, enfim, antigamente, quando comecei, o governo já era sócio das empresas, hoje, ele é o dono, e nós contabilistas seus empregados (sem remuneração). Um perigo para sociedade brasileira, um grande desafio também perigoso para os profissionais, que, não conseguem mais aperfeiçoamento, pois, tudo está sempre mudando, não somente todo dia, mas toda hora, eles não se entendem, eles não sabem o que querem ou como querem, nós pagamos a conta.
Está muito difícil continuar nesse ramo. E coitados dos recém formados, que não tem uma educação a altura das referidas mudanças.
O pior disso tudo é que não existe uma instituição com força para barrar esse puder "DITATORIAL" das Instituções´publicas, principalmente da Receita Federal.
Parece que a fome do Governo com relação a arrecadação não pára, pois multa de R$ 5.000,00, não é multa e sim uma forma vergonhosa e imoral de arrecadação e fechamento de empresas que não podem pagar, pois sabemos, que na maioria dos casos cai realmente para as empresas.
Já dei baixa em duas empresas, pelo motivo dos empresárias não aceitarem esta situação de custos adicionais para suprir necessidades governamentais.
É difícil saber como tudo isso tudo vai ficar, eu, particulamente não queria me aposentar tão cedo, mas estou sendo obrigado.
Atenciosamente
Jairo Teixeira

É muito forte o que o nosso colega me respondeu.
Então fiquei pensando que seria digno sim tornar público sua opinião como uma bandeira acenando por justiça. Até que ponto podemos ter liberdade? Como contabilista como sermos independentes e fazer uso dos princípios e hoje um bem interessante que é o da essencia sobre o forma, sem sermos impelidos a seguir a linha de pensamento do gestor que tem em mente não agir segundo a consciência moral e sim segundo a lucratividade da empresa? Ou então um governo que busca cada vez mais arrecadar sem se preocupar com o lado social da empresa que tem uma responsabilidade pela geração de milhoes de empregos? E ai quem vai nos defender para que possamos realmer agir conscientes buscando não somente atender a gestores, governos, investidores, mas a trabalhar a informação para toda a sociedade que depende da empresa, do governo e dos investimentos no setor?Como termos "igualdade" se comparados com outras profissões não há intromissão governamental de como fazer ou atuar na profissão, mas na nossa há influência direta? Como pensar "Contabilidade" se hoje só temos tempo de estudar as leis geradas quase que diariamente e cumprir com uma enxurrada de obrigações acessórias? Nosso capital intelectual, que somos nos mesmos, está a cada dia mais fadado a falência.
E ai? Vai nos ajudar? Dê sua opinião.

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