Microcrédito é a opção de financiamento para pequenas |
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Paula de Paula
O microcrédito é a principal forma de financiamento para o
Microempreendedor Individual (MEI). De acordo com o consultor do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae
-SP), João Carlos Natal, o principal obstáculo dos empresários para
acesso a empréstimos é ter algum tipo de restrição financeira.
Em entrevista ao jornal DCI o especialista afirmou que a restrição se
deve normalmente a algum tipo de inadimplência. "Muitas vezes o
empresário não se atenta que a empresa é o próprio nome dele, se ele
tiver um problema na pessoa física vai ter problema também na pessoa
jurídica", colocou.
Segundo dados do Banco Central divulgados na última semana, os
empréstimos para este tipo de crédito tiveram uma alta de 43% em outubro
ante setembro. No acumulado em doze meses o crescimento foi de 45,5%. A
opção de microcrédito, segundo o especialista do Sebrae, é encontrada
em todos os bancos, mas os bancos públicos são os que têm as melhores
taxas, que rondam em torno de 6% ao ano. A taxa básica de juros (Selic)
está em 10% ao ano.
Além das restrições, uma outra dificuldade encontrada pelo empresário
individual no acesso ao crédito é a falta de garantia. O consultor do
Sebrae orienta que a primeira coisa a ser feita é o contrato com alguma
operadora de cartão de crédito e assim ter acesso à máquina de
recebimento. O montante das primeiras vendas pode ser usado como
garantia.
Natal explicou ainda que muitas vezes a bancarização do microempreendedor individual ocorre a partir do momento que necessita da máquina de cartão. "Por conta do grande tempo de informalidade, esse tipo de empresário não tem nem conta corrente pessoa física, para quem já tem uma empresa um pouco mais estruturada, como uma microempresa, os facilitadores para abrir uma conta corrente de pessoa jurídica são maiores, pelo histórico que ele já tem como pessoa física com o banco", disse.
O especialista do Sebrae comentou que o cadastro positivo pode ser uma
vantagem na comprovação do histórico do pagamento do empresário
individual. "A implantação do cadastro positivo das empresas dentro de
um ranking com manutenção dos bancos, reduziria a burocracia", completou
o especialista.
Ele também chamou a atenção para a tática de se ter duas contas em
bancos diferentes, sendo um deles um banco público. "Além de não ficar
refém de um banco só, o empresário pode comparar a linha de
financiamento para cada um e escolher a mais vantajosa".
Inadimplência
O número de microempreendedores individuais aumentou 37% em outubro
ante mesmo mês do ano passado e chegou a 3,5 milhões. O avanço foi
acompanhado pela elevação da inadimplência e, segundo a Receita Federal,
52% dos MEIs estão com tributos em atraso.
No Estado de São Paulo são
54%. Entre as principais causas está o desconhecimento do sistema por
parte do Microempreendedor
O diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, lembra que o
empresário que deixa de honrar os pagamentos do MEI perde os direitos
previdenciários como auxílio acidente, salário-família, pensão por morte
e aposentadoria por idade.
"A maior parte da tributação paga pelo MEI é INSS, ou seja, a
previdência do empreendedor. Trata-se de um seguro pessoal do empresário
que ele pode utilizar em caso de acidente ou doença", afirma Caetano.
Ele também enfatiza que o atraso dos pagamentos não contabiliza o tempo
para a aposentadoria. "Quem não paga precisa ter a consciência de que
está perdendo um direito".
Como boa parte da contribuição é para previdência, o pagamento do carnê
independe do faturamento da empresa. Ou seja, mesmo sem vender nenhum
produto ou serviço o empreendedor deve pagar normalmente o boleto do
MEI.
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Fonte: DCI – SP |
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Microcrédito é a opção de financiamento para pequenas empresas
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