terça-feira, 22 de janeiro de 2013

RFB deve concluir este ano projeto que cria malha fina para pessoa jurídica



A Receita Federal do Brasil pretende finalizar neste ano o projeto que cria a malha fina para pessoas jurídicas. Com o sistema informatizado pronto, será possível revisar de 20 mil a 30 mil declarações de empresas em um ano. Hoje (21), a Receita divulgou os números da fiscalização no ano passado e o resultado, sem a malha fina, foi recorde em lançamento de créditos tributários [valores supostamente devidos por contribuintes]. No total, foram R$ 115,8 bilhões, valor que supera em 5,6% os créditos tributários de 2011.

Um ponto bem interessante que nos leva a refletir sobre o reflexo desta malha para os contabilistas. Com certeza é mais uma grande responsabilidade que só engrandece a nossa profissão. Entretanto até que ponto as legislações são transparentes que não alcance dúvidas na execução das mesmas? Esta na hora do  governo trabalhar em conjunto na criação da lei e de normas de execução. Cabe ao Conselho da classe ficar atento a cada nova lei. A maioria delas tem duplo sentindo e são de difícil compreensão. (comentários da autora)

“A malha da pessoa jurídica, prevista para 2012, não saiu por questões orçamentárias, mas temos perspectivas de implementá-la em 2013”, disse o subsecretário de Fiscalização da Receita Federal do Brasil, Caio Marcos Cândido. A malha fina é um banco de dados usado atualmente para contribuintes pessoas físicas no qual são armazenadas as declarações que apresentam inconsistências após os diversos cruzamentos realizados pelos sistemas informatizados do Fisco.
De acordo com Caio Marcos, os números da fiscalização em 2012 poderiam ser melhores também, não fosse pelos cerca de 120 auditores que se aposentaram e pelo movimento por reajuste salarial conhecido como Operação Crédito Zero, que consistiu na realização de todo o processo de fiscalização, mas sem o lançamento do resultado nos bancos de dados da RFB. Mesmo assim, os números divulgados foram considerados “muito bons” pela Receita. O subsecretário não acredita em prejuízos para os cofres públicos porque o trabalho ainda será concluído.
Concordo, a falta de auditores é que leva as empresas a pensarem que podem ser ilícitas e ficarem por isso mesmo. Ou mesmo um contabilista que por conta do conhecimento desta carência aposta nas retificações.(comentário da autora)

“Em 2013, o auditor terá que dar o resultado da carga de trabalho deste ano e do ano passado. Receberá carga dobrada. A que ele não fez e a deste ano. Então, ele terá que se desdobrar para fazer os dois [trabalhos]. É uma questão administrativa que faremos funcionar. E nós faremos, pode ter certeza”, disse.
Mesmo com o lançamento de R$ 115,8 bilhões em créditos tributários, não significa que todo esse recurso irá para os cofres da União, pois os contribuintes poderão questionar administrativamente para não pagar o valor e ainda recorrer à Justiça. No primeiro caso, o processo poderá levar até cinco anos e só então o dinheiro devido ser depositado.
Segundo Caio Marcos, cerca de 75% dos contribuintes questionam as autuações da RFB. O número de fiscalizações em 2012 diminui apenas em relação às pequenas e médias empresas. Em relação às empresas consideradas diferenciadas, que são os maiores contribuintes, responsáveis por 70% da arrecadação federal, o número de fiscalizações aumentou.

O questionamento aqui exposto é por conta das "brechas" nas leis. Enfatizo que o governo precisa ser mais específicos ao criar uma lei. Na verdade, o contabilista é quem deveria ser consultado em comum acordo com o advogado (isso se tratando de matéria tributária). O que se percebe é que são pessoas leigas ou com poucos conhecimentos na área "prática" que causa este turbilhão de recorrência a justiça.(comentário da autora)

Os contribuintes que serão fiscalizados neste ano já foram selecionados e dependem de cada unidade da Receita pelo Brasil. Porém, se ao longo do ano, houver um fato relevante, que não esteja entre os casos previstos, os fiscais poderão incluir o novo fato nas operações, ressaltou o subsecretário. Das fiscalizações encerradas em 2012, a RFB identificou 27%, em tese, com possibilidade de existência de dolo, por meio de fraude, simulação ou conluio. Nesses casos, o problema é encaminhado para o Ministério Público Federal, que pode entrar com ação penal contra os possíveis infratores.


Neste ponto está a percepção da maioria dos empresários, ou seja, os micros e pequenos. Eles bem sabem que não são fiscalizados pois o governo quer apenas os grandes. E o mais interessante é que as leis "complexas" são feitas para a minoria.(comentário da autora)


No universo das pessoas físicas fiscalizadas, as autuações se concentraram nos contribuintes cuja principal ocupação declarada foi a de proprietário ou dirigente de sociedades empresarias, além de profissionais liberais. Entre as pessoas jurídicas, as autuações se concentraram nos segmentos industrial, de prestação de serviços e comércio.
No ano passado, foram considerados grandes contribuintes para a Receita as empresas incluídas em qualquer um dos seguintes parâmetros: mais de R$ 100 milhões de receita bruta, débitos em Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais acima de R$ 10 milhões, massa salarial acima de R$ 18 milhões e débitos declarados em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social acima de R$ 6 milhões.



Viu? Nosso empresariado lá está preocupado em obedecer leis e normas! Para quê? Quem vai fiscalizar? Quem se importa com eles?(comentário da autora)



Fonte: Agência Brasil.

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