Estamos vivendo um momento diferente em relação ao tempo de vida estimada. Hoje a expectativa de vida vai além dos 80 anos. De encontro com isto temos que as empresas já não contratam quem está na casa dos quarenta anos. Resta saber o que fazer a partir desta idade para ocupar o tempo ou mesmo aumentar os conhecimentos de foram a ser útil ao meio empresarial.
O Atlas do Desenvolvimento Humano 2013, divulgado pelo IBGE, mostrou que nos últimos 20 anos, a expectativa média de vida do brasileiro aumentou em mais de nove anos – passou de 64,7 anos em 1991, para 73,9 anos atualmente. Os dados indicam claramente o aumento da população de aposentados, que por outro lado passaram a receber seus benefícios por um tempo maior.(Rede Brasil)
E comum, hoje, vermos pessoas mais velhas nos bancos da faculdade. Minha filha já se formou há mais de dez anos e naquela época uma das formandas tinha 51 anos. Eu mesma reiniciei minha carreira acadêmica com 36 anos e não pretendo parar. Meu marido com seus 53 anos resolveu voltar à faculdade. Meu tio após sua aposentadoria se formou em Ciências Contábeis. Um amigo fez mestrado após os 40 anos e já está pensando em doutorado. Estes e outros exemplos mostram que a busca pelo conhecimento como forma de preencher o tempo, já o mercado de trabalho não os querem lá, é um fato que tem a ver com o aumento do tempo de vida.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (IneP), baseado em dados colhidos no último censo do ensino superior, cerca de 600 mil pessoas com mais de 40 anos se matricularam no ensino superior ou técnico no Brasil na última década. A maior parte delas está em instituições particulares, e possuem algum tipo de bolsa de auxílio para estudar. (Blog Alex Raphael Lira - 09.07.13)
Contudo ainda me choca, atender clientes que não sabem assinar o próprio nome. Observei que em sua maioria são pessoas com mais de 30 anos de idade. Uma idade ainda inserida no mercado de trabalho. Fico imaginando qual é o universo destas pessoas em termos de crescimento pessoal.
Segundo a Unesco, quase 14 milhões de pessoas declararam que não sabem ler nem escrever. Na proporção da população de analfabeto da América Latina, que soma 36 milhões de pessoas, os brasileiros chegam a 38,5%. Se mantiver o ritmo de escolarização atual, o Brasil não deve conseguir atingir a meta traçada pela organização até 2015.
Uma destas pessoas me disse que antes não sabia nem assinar o nome mas que treinou em casa e conseguiu assinar o próprio nome, pois tinha vergonha de colocar o dedo no lugar da assinatura. Explicou que morou no interior e sua família muito pobre não podia dispor dela em um colégio. A lavoura era que traria dinheiro para casa.
A doméstica Irismar da Silva Marcelino, 55, é uma das que queria deixar de compor essa estatística. Seu maior sonho é saber "desenhar" o nome, ler letras do ônibus, passar as vistas em livro e saber "abecedário". É analfabeta. "Vejo, hoje, muitos jovens seguindo meu caminho e deixando de querer estudar. Assim, não vamos para a frente".(Diário do Nordeste)
E o que fazer para quem não quer apenas estudar? Há duas opções, a meu ver,: ser autonomo ou insistir na educação e buscar se inserir no mercado com paciência nas filas de emprego. Neste cenário observa-se um verdadeiro massacre para quem quer iniciar a carreira e para quem quer continuar. Esta desigualdade, é uma triste realidade. Muitos são os porquês. Vai desde a falta de experiência aos vícios acumulados na vida laboral.
Nenhuma solução virá a curto prazo. Depende não só das pessoas mas de mudanças na política governamental. Mesmo assim, deve-se acreditar em si mesmo. Conhecer seu potencial. Dar sempre e sempre o melhor de si. Assim, não só o mercado se abrirá a você com o mundo em que vive será melhor.
A educação é a saída da ignorância.
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